terça-feira, 11 de dezembro de 2012

I'm alive and vivo, muito vivo!

Eu deveria dar uma trégua pra mim. E parar de gastar dessa eterna sensação de não consumado. De que estava a ponto de ir até o gargalo, expansão e recolhimento, tudo ao mesmo tempo.

Que eu já devo estar com uma cota de cansaço até pra outra vida, caso meu espírito não fosse dado aos os acintes do destino. Nessa incessante descalmaria. E não se trata de nenhuma necessidade que não possa ser cumprida, trata-se de ir a qualquer lugar por elas, destemida, intrépida, e sobretudo covarde como um cão ao sentir os trovões de tempo ruim. Assim sou eu.
Pedindo forças e em troca levando sorrisos por aí. Um peso de uma alma murcha.

E eu reclamando das pessoas. O fato é que não são as pessoas, é esse karma entregue com a finalidade de elevação para a conquista da própria salvação. Mas nossa natureza não nos imprime um know how imediato, logo quando aprendemos a respirar, que é o primeiro e verdadeiro limite que ultrapassamos sozinhos, e salve-se quem souber.

Não é pelo o que já foi, nem por quanto tempo ainda falta, mas, pelos por quês desse entremeio serem tão complicados, e mesmo que tivesse sido diferente, ainda assim é irremediável. Então, eu me desaponto. E eu acredito muito nisso, de forma que abraço as perdas e separações pra me proteger daquilo que não ganhei. Sussurrando que nem sempre o abismo nos leva ao fundo, isso depende do ponto de vista, e eu tenho esse incrível olhar otimista de que eu posso estar do lado avesso.

Em algum momento eu devo agradecer a todas as pessoas que agiram com habilidade e presteza para contribuir com tudo isso, quando estiver com o trunfo em mãos. E, bem, eu espero que esse momento chegue o quanto antes, pois nada o tempo carrega por tanto tempo, nem riso e nem pranto.

E aquilo que absorve minhas energias até tem um pouco de razão em tomá-las, pois o amor exige essa troca, mas já não sei se posso expor minha cabeça a forca, como venho expondo. Talvez eu não devesse esperar tanto de mim e nem permitir essa fábula toda. Eu deveria me perdoar mais pelos meus equívocos também.

4 comentários:

Renato Ziggy disse...

Um turbilhão, aqui... me sinto tão assim com uma certa frequência, sabia? Tem dia que é desde que eu acordo...por quê???

Jaya Magalhães disse...

Moça, moça...

Tu sabe que eu acompanho teu blog pelo reader? Pois. Todas as atualizações eu leio. Ainda não perdi a mania de te ler quietinha e me deixar no meio das tuas letras.

Li esse teu texto ouvindo "Nine out of ten" na minha rádio mental. Te ler hoje foi me ler, há algum tempo. O que me satisfez foram as conclusões em seu parágrafo final. Na última frase ainda mais.

No final, neguinha, a gente SEMPRE se sustenta. Sempre.

Um beijo grande.

Jaya Magalhães disse...

Verdadíssima. Hahaha. E eu volto em janeiro. Volte junto. Tá?

Mais beijo.

Ana EmíliaYamashita disse...

Meus olhos se emocionam pela fragilidade triste em que me encontro.
Tenho estado como descreveu, mas parece que as minhas forças já se foram.
Talvez algum dia algo me sustente, agora não.
Lindo o que escreveu e obrigada pela visita.