quinta-feira, 14 de julho de 2011

Blues

Me oferece um blues? Diz qualquer coisa que você já tá pra lá de marrakesh. Aceito o papo, engulo o whiski, não necessariamente nessa ordem. Você mexe qualquer coisa dentro mexecomigo, cara. Falei pelo ar, o som alto moveu cada palavra mais pra lá e caiu pelo chão, tentei ajuntar, não sobrava nem sequer um gingadin pra contar depois que fez samba em mim. Fez algo meio rock’n roll meio non sense, ele disse que era difícil encontrar alguém assim e eu realmente tava naquele papo meio otário entre sagitário e virgem. Estava tudo meio assim suspenso, meio te queroenãoseiporque.

Andei mais à frente. Deixei cair uma mão que buscava outra timidamente e, ás vezes , conseguia um afago de soslaio. Precisei recuar meus olhos que teimavam em não sair daquela boca. Pirei mesmo, bom que cê sabe. Precisei repousar meu sorriso num daqueles que grudam , de tão lindo que é e não deixar ele falar tanto em doces bábaros e novos baianos porque com certeza aquilo ia dar merda. Eu fiquei nessa de ia-vou gamar ininterrupto. Eu tenho coração, coração que escorrega e derrama. Que seja, paguei pra ver e enxerguei tudo almost azul, fiz ciranda de ti em mim. E daí eu acho mesmo é que você teve medo, nesse momento, foi um jeito, alguma coisa assim, que fez fumaça quando amanheceu.
Dissipou.

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