sábado, 29 de setembro de 2012



Que eu já não contesto, o rosto do moço certamente possui todos os adjetivos que jamais enumerei. Ah, são tantos! e são capazes de deixar uma pessoa como eu, que fala de pequenices para o vento, começar a entender que o mundo não cabe tão somente nas miudezas. Que ele traz consigo alguma coisa que leva embora todos meus pensamentos, e tudo ao redor passa a ser somente a voz de moço crescido e um violão. Tudo é desmedido, ainda mais quando cai uma nota e ele pega do chão e oferece a taste of honey, assim, cheio de graça. É não poder mais. É renunciar todos os abraços por dois largos braços carregados de afetos quentes. A conclusão é que sinto que já te pressentia.

Supus que fôssemos mágica, andando de mãos dadas, brincando entre ruas escuras, unindo risos sinceros e necessidade de amor. Porque isso, meu caro, é o que sobra em mim, apesar de ter pedido pra falar baixinho quando fosse falar sobre amor, é que dói, às vezes, pensei.

E calei. E você caminhou pro lado oposto, levando história bonita. Só é preciso ter atenção quanto à estrada, você ali, do outro lado, se faz sempre presente, de certa forma, não é preciso que o amor esteja, ele simplesmente já é, porquanto nós não partimos um do outro.

Eis aqui a oração para o próximo bem querer.Ou para você, se assim preferir.

Que seja aquilo tudo que antes não foi. Amém.

[Ao som de A Taste Of Honey- The Beatles]

6 comentários:

Organismo disse...

Faço das tuas palavras as minhas.. Tou a gostar deste espaço.

Fase?

Ana EmíliaYamashita disse...

Simplesmente lindo, me reconheci por entre as linhas.
Parabéns.

Organismo disse...

Ah, querias dizer FRASE. Não estava a perceber..

Já leste mais coisas?

Organismo disse...

Que giro encontrares me dessa maneira. Porquê a procura sobre fogo fatuo?

Organismo disse...

Ainda bem que gostaste. É sempre estranho isso. :)

Anônimo disse...

No final, quase tudo é uma prece feita.



obs.: esperando o próximo.


BM